sexta-feira, 27 de maio de 2011

Foram muitos debates e muitos protestos de parlamentares religiosos contra o kit anti-homofobia, produzido pelo Ministério da Educação (MEC). Depois de tanta polêmica, os materiais foram suspensos pela presidente Dilma Rousseff.
Após uma reunião com políticos das bancadas evangélica, católica e da família, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em entrevista publicada no portal Globo.com, pronunciou, no último dia 25/05, que o governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC: “A presidente decidiu, portanto, a suspensão desse material, assim como de um vídeo que foi produzido por uma ONG – não foi produzido pelo MEC – a partir de uma emenda parlamentar enviada ao MEC”, afirma.
Carvalho comenta, ainda, que todos os projetos didáticos que visa abordar ‘costumes’ passarão pela aprovação do governo e da sociedade civil: “O governo se comprometeu daqui para frente que todo material que versará sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à sociedade”, completa.
A decisão da presidência foi recebida com vitória para alguns parlamentares. De acordo com o deputado federal Jair Bolsonaro, acusado por suas palavras frias, curtas e grossas em relação ao kit-gay, a suspensão chegou tarde, mas que ainda sim se sente obrigado a elogiar a presidente Dilma: “Comecei nessa briga desde novembro do ano passado, apanhei muito ao longo disso aí, fui acusado de um monte de coisa, racista, homofóbico, mas chegaram à conclusão de que eu estou certo. [...] A Dilma deu um passo atrás porque 90% da população está contra essa proposta”, comenta o deputado ao site G1.
O material, que faz parte do Projeto Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, estava sendo analisado pelo MEC, e tinha o intuito de abordar assuntos relacionados à homossexualidade dentro das escolas.

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